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Mais que o esperado

In Editorial de Pasárgada on novembro 27, 2008 at 11:31 am

Mais de três quartos dos participantes do referendo groenlandês votou a favor de uma crescente independência em relação à Dinamarca. Entre as revivindacações estão uma maior participação nos lucros obtidos junto à extração de petróleo e também o estabelecimento do groenlandês como língua oficial da ilha. Colonizada em 1775 pelos dinamarqueses, a Groenlândia tornou-se em 1953 província e em 1979 ganhou status de região semi-autônoma.

Do Spiegel.

Namminersorneq

In Editorial de Pasárgada on novembro 25, 2008 at 12:31 pm

Ou: auto-governo. É sobre isso que cerca de 40 groenlandeses opinarão hoje. Trata-se de um referendo que encaminhará, se vencido, a discussão da dependência à Dinamarca, que colonizou a gélida ilha há uns 300 anos.

Matéria do IHT aponta o quanto a Groenlândia (ou Terra Verde, nome muito melhor, em inglês) é um país singelo. 60% da população vive em seis cidades. No total, são 56 mil habitantes da ilha, que tem 80% do território congelado.

A economia local é dependente basicamente de recursos naturais. Eles devem também, mais que outros, sentir na pele efeitos do aquecimento global.

Nos poucos sites de jornais locais que entrei, não encontrei referência ao referendo. Talvez nem isso aqueça o debate lá.

Sentimento de mundo

In Editorial de Pasárgada on novembro 21, 2008 at 2:37 pm

Entrei em contato com a figura deste deus, Swiatowid, quando estava visitando Cracóvia. Vi-o ao pé do castelo desta cidade. Mas ele não é muito popular: em formato de coluna, fica postado num pequeno canteiro, na verdade escondido por uma pequena árvore. Não há placa alguma. Quem passa por ali mais se interessa em se apressar à escadaria que leva à residência real cracoviana.

A única atração ao lado de Swiatowid é uma daquelas placas mundiais, daquelas que carregam em si umas 30 setas apontando para cidades de todo o globo.

Swiatowid (lê-se: SHVIATÔVID) vem de swiat (SHVIAT), mundo em polonês. Sua estátua compõe-se um corpo normal, encabeçado por quatros faces, voltadas para os quatro cantos do mundo. Um guardião, visionário, observador da Terra.

Isso me serviu de mote para este blog e, de certo modo, para as coisas que mais têm me interessado ultimamente. Para pôr em termos, trata-se de um misto entre jornalismo, relações internacionais e ciências da cultura. E a idéia principal é conseguir, através de um acompanhamento aqui no blog, passar a exercitar melhor uma compreensão de mundo. Pois gosto muito de notícias internacionais, gosto de conseguir sentir e acompanhar os acontecimentos numa dimensão bastante ampla, não importa o tipo de editoria que seja.

Mas isso não é fácil. Ler mil notícias desde a eleição na Venezuela, passando por construções milionárias em Kuala Lampur e desembocar em contratos de imagem de Angelina Jolie é fácil. Agora, como disse um professor que às vezes admiro muito, “o mais difícil são as conexões”. Conectar, construir um sentido deste amontoado absurdo de fatos que se jogam à nossa cara é um dos maiores desafios que batem à minha cara neste mundo de noticiamento global, mas de pouca compreensão de mundo. Isso não reside na incompetência das pessoas, mas na dificuldade hipersensitiva da tarefa.

É com esse objetivo que tentarei construir este espaço aqui. Vamos ver no que vai dar.

Satz der Woche

In Editorial de Pasárgada on novembro 8, 2008 at 12:17 pm

Von Joschka Fischer. Die Zeit 04.11.2008:

“Der Kern dieser gegenwärtigen Krise ist eine Vertrauenskrise. Sie ist das Ergebnis des faktischen Zusammenbruchs einer Form des Kapitalismus, die zu Recht als Turbokapitalismus bezeichnet wurde. Steuergeschenke oder auch der Versuch, den Menschen direkt Geld in Form von Barschecks in die Hände zu drücken, um so die Nachfrage anzukurbeln, haben sich als wirkungslos erwiesen. Vertrauen in die Zukunft lässt sich auf diese Weise nicht wiederherstellen.”